Sunday, March 09, 2014

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Porque sim. À falta de explicação melhor, porque sim. As palavras escasseiam e eu nada tenho para te dizer. Bem sei que isso não te satisfaz mas eu honro as minhas promessas. Honestidade. Eu honro sempre as minhas promessas. E talvez por isso nada tenha para te dizer. Porque te disse tudo. Quando te atirei ao chão com a brutalidade do verbo. O início. No início, eu a disparar. Tu, a bala a entrar-te estômago adentro, a perfurar-te, tu a caíres, incrédulo no chão. 
Nem tu sabes como eu fui capaz, pois não?
Eu digo-te. 
Um dia, acordei. Olhei para o lado. Pensei. Nesse momento, nesse preciso momento, nada mais podias. Nunca mais pudeste. 
No início, o embate pode ter sido pesado. Mas a incerteza foi-te sempre pior. E ficaste. Foste ficando. 
Olhar-te aí agora, estendido, devia ser sinal de liberdade. A verdade, agora sinto-me eu no início. A bala a entrar-me estômago adentro... No chão.
Ensinas-me a levantar-te?

2 comments:

Anonymous said...

Sim, está na hora de levantares... E tu consegues... Não deixas que seja o tempo a decidir... Isso fica tarde de mais... Vai tu a frente!! E simplesmente segue!! :))

someofme said...

*sigh* :)