“Há um tempo para tudo”, costumavas dizer-me ao ouvido quando me deitava fodido com mundo. Quase que a desculpar-me. A dizer-me que podia estar chateado, que não devia ser uma fonte de mal-estar entre nós. Que estavas ali assim como estarias quando o tempo trouxesse ventos mais favoráveis. Nunca perdi o medo de te perder. Era como se de um aviso se tratasse. O tremor na tua voz, a hesitação quando me sussurravas ao ouvido…
Há um tempo para tudo.
Há um tempo para tudo.
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