Monday, March 20, 2006

Maldita Cocaína III / Para alguém especial... II

"A minha vida tenho que seguir. Vou ter que regressar, que queres mais? Nunca mais acaba o dia. Nunca mais.

Tu és tudo aquilo a que chamam tristeza. Tu és tudo aquilo que eu quero imaginar. Tu és tudo aquilo que eu não tenho a certeza. Tu és tudo aquilo com que eu quero sonhar.

Eu sou tudo aquilo que é fumo e cabaret. Sou a noite, a música, tudo o que a vida é. Mas a vida é só o que escapa e escorre. O amor é como a vida. O amor também morre.

Agora vai ser para rebentar. Agora vai ser para acabar. Agora vai ser para beber, beber. Agora vai ser até cair no chão e raios partam a solidão.

Tu és tudo aquilo a que chamam vida. Tu és tudo aquilo que eu quero saber. Tu és tudo aquilo que vale uma bebida. Tu és tudo aquilo que eu quero saber.

Agora vai ser para rebentar. Agora vai ser para acabar. Agora vai ser para beber, beber. Agora vai ser até cair no chão e raios partam a solidão."
"Vida, o que foi minha vida? Um momento, um instante, uma noite perdida, um palco, um cabaret, meus homens, meus amantes.
Vida, como a vida magoa. Como faz tanta ferida e nos deixa tristes. Como passa e nos tira e tudo é mentira e a solidão existe.
Vida, minha força, minha raiva, meu teatro e loucura, meu amor e ternura. Fúria, tristeza e cansaço. Este palco, os aplausos e os fracassos.
Vida, onde estão meus amigos, meus mortos, meus amantes? Tudo, vida, levaste. E só a mim me deixaste e a vida passou. Vida, toda a vida te dei. Toda a vida amei. Tudo na vida eu fiz para ser um só instante, um só momento feliz."

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