Encontrei-te na berma da estrada. Dei-te boleia. Querias encontrar um sítio melhor. Sentaste-te ao meu lado, abriste o meu livro de rascunhos, percorreste uma parte da minha vida. Dei-te boleia até minha casa. Convidei-te a entrar, a ficar. Foste-te embora da mesma forma que apareceste, do nada. Subi as escadas, abri a janela, fiquei a ver afastares-te rua abaixo. Levei uma mão à boca, beijei-a, soprei. Desejei-te boa sorte, que fosses feliz, que tivesses decorado o caminho. Sei que um dia voltarás a bater, entrarás, ficarás…
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