A verdade é que ando há meses sem saber o que escrever acerca desta fotografia (sim, sim, podem carregar que a foto aparece). Já aqui a tinha deixado. Já na altura tinha prometido escrever algo sobre ela. Mas… algo me impedia.
A verdade também é que a noite de ontem se tornou inspiradora. Descobri o verdadeiro significado daquela foto. A essência reside toda numa só palavra: teasing. Não vou traduzir para português porque temo perder algum do significado.
Ontem a fotografia ganhou movimento. Multiplicou-se em imagens, como num filme. Tal qual um simulacro (eu sabia que esta palavra um dia ser-me-ia útil) o teaser ganhou cor, forma, textura e movimento. Corpos nos corpos dançando ao sabor da música. A multidão a transformar-se numa massa uniforme. E os olhares, discretos e indiscretos aguçando o desejo dos outros. Ou do outro. Um ser desejante em particular, que desejante permaneceu.
Consciente do estado de objecto de desejo, o teaser de tudo faz para delicadamente alimentar esse estatuto. Com a subtileza que lhe é característica, lentamente se chega junto do admirador. Dá-lhe a provar um pouco do que podia receber para rapidamente entrelaçar o corpo noutra pessoa. E de corpo em corpo se vai aguçando cada vez mais o desejo. De corpo em corpo, outros vão tendo o que tanto é por alguém desejado. Talvez aí resida toda a essência do teasing: “vê o que podias ter, mas não tens.”
Talvez a noite tenha sido algo excessiva, talvez a imagem tenha ganho demasiado movimento (e pede-se desculpa a quem por cá passou e teve de nos conhecer nestes trejeitos… normalmente não somos assim, acho que somos ainda pior… mas substituímos os corpos por línguas bifurcadas) ou talvez tenha sido tudo na conta certa. Porque na realidade a noite de ontem foi tudo sendo nada.
Corpos nos corpos dançando ao sabor da música. A multidão a transformar-se numa massa uniforme. E os olhares, discretos e indiscretos aguçando o desejo dos outros.
(Como este texto me parece algo incompleto reservar-me-ei ao direito de o modificar nos próximos dias, mas prometo que avisarei caso o faça.)
A verdade também é que a noite de ontem se tornou inspiradora. Descobri o verdadeiro significado daquela foto. A essência reside toda numa só palavra: teasing. Não vou traduzir para português porque temo perder algum do significado.
Ontem a fotografia ganhou movimento. Multiplicou-se em imagens, como num filme. Tal qual um simulacro (eu sabia que esta palavra um dia ser-me-ia útil) o teaser ganhou cor, forma, textura e movimento. Corpos nos corpos dançando ao sabor da música. A multidão a transformar-se numa massa uniforme. E os olhares, discretos e indiscretos aguçando o desejo dos outros. Ou do outro. Um ser desejante em particular, que desejante permaneceu.
Consciente do estado de objecto de desejo, o teaser de tudo faz para delicadamente alimentar esse estatuto. Com a subtileza que lhe é característica, lentamente se chega junto do admirador. Dá-lhe a provar um pouco do que podia receber para rapidamente entrelaçar o corpo noutra pessoa. E de corpo em corpo se vai aguçando cada vez mais o desejo. De corpo em corpo, outros vão tendo o que tanto é por alguém desejado. Talvez aí resida toda a essência do teasing: “vê o que podias ter, mas não tens.”
Talvez a noite tenha sido algo excessiva, talvez a imagem tenha ganho demasiado movimento (e pede-se desculpa a quem por cá passou e teve de nos conhecer nestes trejeitos… normalmente não somos assim, acho que somos ainda pior… mas substituímos os corpos por línguas bifurcadas) ou talvez tenha sido tudo na conta certa. Porque na realidade a noite de ontem foi tudo sendo nada.
Corpos nos corpos dançando ao sabor da música. A multidão a transformar-se numa massa uniforme. E os olhares, discretos e indiscretos aguçando o desejo dos outros.
(Como este texto me parece algo incompleto reservar-me-ei ao direito de o modificar nos próximos dias, mas prometo que avisarei caso o faça.)
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