A felicidade é um lugar estranho. Um lugar muitas vezes incógnito. Um lugar que por vezes só se deixa revelar à saída. Um labirinto. Damos voltas e voltas e voltas e só quando de lá saímos nos apercebemos do caminho percorrido. A felicidade é um lugar estranho que dificilmente se deixa apreender. Olho-te e não te sei dizer se és feliz. Nem consigo perceber se tu próprio o saberás. Olho-te e desejo que fiques para sempre preso no labirinto. Receio que se algum dia saíres, não voltes.
Sinto o pensamento, o coração toldado por esta necessidade de te ter feliz. Ainda que tenhas de não te saber feliz para que o sejas. Sinto-me toldado por não saber ser assim. Por não me saber assim. Sempre me desejei no limite. Contentar-me com esta mediocridade faz-me infeliz. Não podemos discutir? Fazer-te colocar um pé de fora e rapidamente fazer com que novamente te percas por entre as sebes? Não! Eu sei.
Eu sei que a felicidade é um lugar estranho.
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