- Preciso de ti.
- Desculpa?!
- Preciso de ti.
- Tu?! Tu precisas de mim?!
- Sim.
- Tu precisas de alguém?!
- Não. Eu preciso de ti.
- E se for demasiado tarde para precisares de mim?
- Então fui apenas mais um tonto.
- Um tonto?!
- Sim, um tonto.
- Porquê mais um tonto?
- Por ter acreditado em ti.
- És um tonto por teres acreditado em mim?!
- Disseste que nunca seria demasiado tarde. Que estarias sempre ao meu lado. Eu acreditei em ti.
- Tu nunca precisaste de mim! Tu nunca precisaste de ninguém!
- É verdade, eu nunca precisei de ninguém. Eu sempre precisei de ti.
- Sempre precisaste de mim?!
- É preciso dizer-te que preciso de ti para precisar de ti?! Nunca to tinha dito antes porque nunca tinha sido necessário! Tu estiveste sempre aqui! Hoje não estás e eu preciso de ti…
- E por isso dizes-me que precisas de mim?
- Digo-te que preciso de ti porque preciso de ti aqui.
- Porque precisas de mim aqui?!
- Não me basta sentir que te tenho. Preciso de te ter.
- Mas tu sentes que me tens? Tu acreditas que eu ainda sou teu?!
- Não és?
- Não! Não sei. Talvez… E para que precisas de mim aqui?
- Para nada. Preciso apenas de ti. Aqui.
- És sempre a mesma coisa! Sempre cheio de segredos e meias palavras! Sempre a fugir para o romance com o qual pintas a tua vida! Achas mesmo que depois de tudo podes simplesmente dizer-me que precisas de mim, que precisas de mim para nada e esperar que eu fique a teu lado?! A vida não é como as páginas desse teu livro sempre por terminar! A vida exige diálogo, explicações, justificações para ser alimentada! Nem tudo se constrói com fé!
- Acreditei sempre que amar-te era a justificação de todas as justificações, a explicação última, o diálogo silencioso que nos acompanharia pela vida.
- Tu amas-me?! Tu precisas de mim e amas-me?
- Estúpido!
- Eu é que sou estúpido?! Eu?! Tu destruíste-nos e eu é que sou estúpido!
- Eu não nos destruí.
- Destruíste! Com as tuas mentiras e omissões. Com a tua falta de palavras. Com a tua falta de afecto. Tu destruíste-nos com a tua ausência! Tu destruíste-nos quando me voltaste as costas e me disseste que não aguentavas mais fazer-me infeliz! Porque é que não me fizeste feliz?! Eu não queria ser feliz! Eu nunca quis ser feliz! Eu quero ser feliz contigo!…
- Tens razão. Eu destruí-nos. Fui crente e destruí-nos.
- Em que acreditaste tu?
- Acreditei que tu sabias.
- Que eu sabia? Que eu sabia o quê?
- Que tu sabias que eu precisava de ti e que eu te amava.
- Eu sabia. Eu sei. Eu precisava de to ouvir dizer.
- Já to disse.
- Porque demoraste tanto tempo? E se for demasiado tarde?
- Então fui apenas mais um tonto.
10 comments:
Este é um post fodido...
(e esta asneira guarda nela todo uma mistura de sentimentos que eu não sei partilhar a não ser por esta mesma asneira)
Havia alguém que em tempos dizia esta brilhante frase (não me recordo exactamente de quem era, tenho de perguntar à Tânia): "É fodido ser fodido e não poder foder."
Acho que isto exprime mais ou menos o que eu sinto em relação ao diálogo. Oh well... Estou contente com ele, anyway.
hummm...
my mind works in dirty ways........
.........
right!!!... :s
Vou remeter-me ao silêncio e deixar uma música daqui de cima falar por mim: "Tied to me tight tie me up again"
Your mind's all on fluids...
conheço estas palavras...dalgum sitio, de alguem
Espero que isso não seja uma insinuação de plágio... :P
(e começo a achar que isto é maravilhoso porque seja lá quem fores provavelmente nunca te irás dar ao trabalho de ver se eu comentei os teus comentários)
enganas-te...e nao é plágio, mais citações de alguém
Ui... alguém que ainda me consegue surpreender... Cuidado não vá eu apaixonar-me por isso...
E quem é esse alguém? Partilha lá aqui com a gente! Não vais dizer que foram palavras minhas, pois não?
isto tornou-se divertido...vamos deixar assim
O lado da diversão é sempre bom! Diria que a partir do momento em que dei como título "Parque de Diversões" a um texto é todo um assumir da minha queda para a diversão.
Mas também podemos falar a sério divertindo-nos. Não me parece que exista aí um trade-off. Pelo menos para mim ele é acpenas fictício.
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