À medida que nos vamos distanciando, apercebemo-nos do que ganhou importância. Talvez, na verdade, esqueçamos o mais importante e guardemos apenas algumas imagens da realidade.
Quando penso na noite de sexta-feira lembro-me de poucas coisas. E a culpa nem foi da bebida. Acho que recalquei a maioria dos acontecimentos. Há, no entanto, dois momentos que me marcaram. Ambos, naturalmente, protagonizados pelo já nosso conhecido Mr Teaser.
O primeiro diz respeito a uma senhora (que doravante trataremos por S.) que por entre nós se passeava. Ao contrário daquilo que as más-línguas possam dizer ela era gira e elegante. S. foi-se chegando lentamente. Irrompeu por cinco pessoas e colocou-se ao centro. Apercebendo-se disto, desde logo o nosso Mr Teaser se foi chegando a ela. Não vi mãos comprometedoras, não vi corpos a tocarem-se (talvez estivesse apenas distraído), o certo é que durante algum tempo não mais se largaram. Ela dançando em frente a ele, claramente provocando-o, e ele fazendo o mesmo. Por momentos S. afastou-se. Ao retornar, a cena repetiu-se. O curioso em todo este cenário está na cara de Mr Teaser que S. não conseguia ver. Uma cara algo entre o trocista e o agradado pelo desenrolar dos acontecimentos. Claramente uma cena de teasing. Claramente o nosso tão nobre e respeitável amigo lhe mostrava o que ela nunca teria.
O segundo acontecimento transcendeu o teasing. Como já vos tinha dado conhecimento, encontrava-se entre nós alguém que não pode regressar a casa devido a uns infortúnios com os transportes. Viu-se obrigado a passar a noite em Lisboa e acabou a passá-la connosco. Desde logo Mr Teaser estabeleceu como objectivo retirar toda a timidez que o P. aparentava. Com o desenrolar da noite, os corpos estavam cada vez mais envolvidos e desinibidos pelo álcool e pela música. Os gestos foram-se tornando mais sensuais, mais sexuais. Com um corpo de fazer inveja (há quem diga que é demasiado magro… a única coisa que tenho a dizer em relação a isso é que quem o ache devia passar as mãos pelos abdominais…) Mr Teaser lentamente se aproximou de P. Sem rodeios, com bastante subtileza, a primeira investida abriu imediatamente o jogo. Mr Teaser entrelaçou o corpo no do P., fê-lo sentir na pele o poder do charme, da sensualidade. A sensualidade foi-se apimentando com uma pequena dose de sexualidade à medida que P. foi despindo a timidez, se foi também entrelaçando com o nosso Mr Teaser. As investidas seguintes já se deram ao sabor do frenesim que a música transpirava. Os corpos movendo-se ora mais depressa ora mais lentamente, juntos, tocando-se, colando-se, sentindo-se. Não faremos uma descrição mais detalhada ou pormenorizada.
A L. a determinada altura foi-se embora. Posso apenas acrescentar que Mr Teaser foi alternando atenções entre a R. o G., o P. e a minha pessoa. Por vezes, na grande maioria, diria eu mesmo, as atenções foram repartidas entre duas ou três pessoas. Ah, e por certo, o tal objecto desejante também teve a sua dose, o momento de teasing, o momento em que Mr Teaser verdadeiramente se soltou, irradiou e deslumbrou.
Muitas outras noites se passaram. Muitas outras virão. Mas nenhuma como esta. E parafraseando o texto anterior, nenhuma que seja tudo sendo nada.
Quando penso na noite de sexta-feira lembro-me de poucas coisas. E a culpa nem foi da bebida. Acho que recalquei a maioria dos acontecimentos. Há, no entanto, dois momentos que me marcaram. Ambos, naturalmente, protagonizados pelo já nosso conhecido Mr Teaser.
O primeiro diz respeito a uma senhora (que doravante trataremos por S.) que por entre nós se passeava. Ao contrário daquilo que as más-línguas possam dizer ela era gira e elegante. S. foi-se chegando lentamente. Irrompeu por cinco pessoas e colocou-se ao centro. Apercebendo-se disto, desde logo o nosso Mr Teaser se foi chegando a ela. Não vi mãos comprometedoras, não vi corpos a tocarem-se (talvez estivesse apenas distraído), o certo é que durante algum tempo não mais se largaram. Ela dançando em frente a ele, claramente provocando-o, e ele fazendo o mesmo. Por momentos S. afastou-se. Ao retornar, a cena repetiu-se. O curioso em todo este cenário está na cara de Mr Teaser que S. não conseguia ver. Uma cara algo entre o trocista e o agradado pelo desenrolar dos acontecimentos. Claramente uma cena de teasing. Claramente o nosso tão nobre e respeitável amigo lhe mostrava o que ela nunca teria.
O segundo acontecimento transcendeu o teasing. Como já vos tinha dado conhecimento, encontrava-se entre nós alguém que não pode regressar a casa devido a uns infortúnios com os transportes. Viu-se obrigado a passar a noite em Lisboa e acabou a passá-la connosco. Desde logo Mr Teaser estabeleceu como objectivo retirar toda a timidez que o P. aparentava. Com o desenrolar da noite, os corpos estavam cada vez mais envolvidos e desinibidos pelo álcool e pela música. Os gestos foram-se tornando mais sensuais, mais sexuais. Com um corpo de fazer inveja (há quem diga que é demasiado magro… a única coisa que tenho a dizer em relação a isso é que quem o ache devia passar as mãos pelos abdominais…) Mr Teaser lentamente se aproximou de P. Sem rodeios, com bastante subtileza, a primeira investida abriu imediatamente o jogo. Mr Teaser entrelaçou o corpo no do P., fê-lo sentir na pele o poder do charme, da sensualidade. A sensualidade foi-se apimentando com uma pequena dose de sexualidade à medida que P. foi despindo a timidez, se foi também entrelaçando com o nosso Mr Teaser. As investidas seguintes já se deram ao sabor do frenesim que a música transpirava. Os corpos movendo-se ora mais depressa ora mais lentamente, juntos, tocando-se, colando-se, sentindo-se. Não faremos uma descrição mais detalhada ou pormenorizada.
A L. a determinada altura foi-se embora. Posso apenas acrescentar que Mr Teaser foi alternando atenções entre a R. o G., o P. e a minha pessoa. Por vezes, na grande maioria, diria eu mesmo, as atenções foram repartidas entre duas ou três pessoas. Ah, e por certo, o tal objecto desejante também teve a sua dose, o momento de teasing, o momento em que Mr Teaser verdadeiramente se soltou, irradiou e deslumbrou.
Muitas outras noites se passaram. Muitas outras virão. Mas nenhuma como esta. E parafraseando o texto anterior, nenhuma que seja tudo sendo nada.
4 comments:
Mt "apetitoso", provocador esse Mr. Teaser. gosta de dar o "brinquedo" às crianças e depois retira-o.
e quem és tu? :P
Sempre achei que a sensualidade era algo palpável. Que me toca quando me aproximo das pessoas que a expressam para além do seu próprio corpo, e que normalmente me atinge no âmago, deixando-me sem fôlego, porque sou demasiado sexual, às vezes mesmo demasiado...
Por isso estava com medo de comentar este texto, porque me arrepiei toda quando li o primeiro, porque me arrepiei ainda mais ao ver a continuação. Porque quase consegui visualizar os corpos a semi-escuridão, como reflexo das luzes nas gotas de suor. E o calor das pessoas, que nos inunda quando somos tocado com outras intenções que não só a do toque...Aquela pancada no estômago, aquele aperto que nos transforma em animais e nos põe só uma ideia na cabeça...fazendo-nos ao mesmo tempo desejar que o momento suspenso da sedução dure eternamente, para que a concretização seja cheia, completa, perfeita... E a vontade de ver o que tinha acontecido permanece, e há de permanecer... Porque gosto de tudo o que se torna importuno à consciência, que nos martela na ideia. E a ideia do mr teaser não me larga, e há de fazer suspirar muitas meninas casadoiras que por aqui passem,fazendo-as corar com as imagens que hão de lhes passar pela cabeça...
Fazendo coo o autor deste blog, reservo-me as faltas deste comment, pq como disse, ainda estou a incorporar o impacto de uma coisa que me é tão vívida, sem a ter visto...
quem sou eu? eu n sou ninguem, ou talvez n!
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