Monday, November 21, 2005

Decidi ouvir música e deparei-me com estes versos:
Da tarde tão fria
Há gente que chega

E toma um café apressado.

E há os que entram com o olhar perdido

À procura do futuro no avesso do passado.

O tempo endurece qualquer armadura

E às vezes custa a arrancar

Muralhas erguidas à volta do peito

Que não deixam partir nem deixam chegar.
(Fim do dia (no lado quente da saudade) - Mafalda Veiga)
E lembrei-me de uma conversa que estava a ter ainda ontem. Pelo que me ficou a vontade de partilhar estes versos também com vocês, assíduos leitores :P
Hasta

1 comment:

... said...

"Apesar de tudo continuei a trabalhar. Viajava na companhia de C. - íamos à procura dos lugares e das coisas que eu queria fotografar.
Dessa época, uma das fotografias (talvez a minha preferida) era de um grande rigor e simplicidade - uma estrada sumia-se na curva do horizonte, e a linha branca da estrada terminava num ponto situado no centro da folha.
Embora C. me dissesse que, numa das bermas da estrada, havia uma árvore. É pouco provável." - Al Berto in "O Anjo Mudo"

Entretanto lembrei-me... a simplicidade não deixa de ser uma regra, uma manta controlada, de uma imensidão de organismos complexos, dentro de uma máquina a quem, às vezes, podemos dar nome e com quem, sobretudo, podemos conviver.